quarta-feira, 27 de abril de 2011

Partidas e nós a par e passo


'Tu' foste um nó


Olho para trás. Calma! Olho para reflectir e perceber o porquê do presente. Sim, eu sei que o que lá vai já passou e que o importante é o hoje. Mesmo assim tenho em conta o passado. Sempre!


Lembro-me do "Não" que ouvi repetidas vezes e para o qual não encontrava explicação. O mesmo "Não" que puxou por mim e que ajudou-me a perceber o porquê. Deu-me um empurrão, fez-me tropeçar e erguer sempre. Fosse o que fosse.


Cá estou e o meu passado tem influência nisso. As pessoas, os tempos, os espaços, os momentos... tudo teve um 'dedinho'. Uma partida a cada queda ou salto que dou e dei outrora. Agora, aguento ouvir dizer "Não" e percebo, por mais doloroso que seja.



Partidas da vida que nos constroem e que nos acompanham a par e passo. São os nós! Os malandros que mudam o rumo daquilo que idealizamos.


Chegam quando menos esperamos. Na bagagem, trazem barreiras e boas novas. Cabe a cada um perceber o porquê dos nós que atravessam o seu caminho.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Cheira a...


*


Até nas flores!
Olhos brilham
Por entre cores
Que ficam.

Cheira a... perfume, vida, ternura e muito mais.
Cheira a Primavera!
Cheira a ti!



* Vale a pena cheirar e sentir (foto)


terça-feira, 12 de abril de 2011

Volta amanhã

Quando te vi
Não acreditei.
Quando percebi
Tentei e neguei.

Hoje, tudo brilha:
O sol, plantas, flores.
Tudo e tudo brilha,
Mas não leva os horrores.

Cheira a vida!
A planta cresce,
A flor é lida,
O belo renasce.

Oh, que dia!
Apetece-me levar-te,
Ter-te sempre dia.
Em mim, guardar e fechar-te.

Fica comigo
Não fujas
Que encontro-me contigo
Hoje e sempre: não vás.

domingo, 10 de abril de 2011

Pormenores

Olhar, querer, virar e ter!


Pormenor de umas calças (foto)


Tudo pormenores

Com uma natureza

Ou razão menores

Entre nó e fraqueza.

Olhar e não ver.

Querer e não saber,

Virar sem pensar,

Ter sem imaginar.

Começa sem idem

Aqui e quem sabe.

Termina sem fim

Amanhã quem sabe.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Porque é assim

Mais um dia e nada de novo. Tudo igual e, ao mesmo tempo, diferente. Ainda que insignificante ou imprevisto há sempre algo que nos surpreende. Hoje, isso aconteceu.


"Posso perguntar-te uma coisa? Eras tu que vinhas a conduzir aquele carro que está ali estacionado?" Estas questões colocadas por um senhor, anónimo como tantos outros, não são novidade. A minha resposta: "Sim."


Com um ar surpreendido, o anónimo continuou o início da conversa: "Não me interpretes mal, mas quando te vi a primeira vez pensei que tinhas uns 14 anos ou pouco mais." A minha explicação também é sempre a mesma: "Pois é, a aparência engana." Até aqui nada de novo.


O imprevisto dá-se quando dou por mim a ouvir características minhas vindas de uma pessoa 'estranha'. Sem saber, coincidência ou não, aconteceu. Sem confirmação ou desmentido, a verdade é que gosto que as pessoas sejam directas e objectivas comigo. A dúvida 'prende-me', angustia-me e impede-me de avançar à primeira.


A sensibilidade é 'outro nó' da minha vida. Aparentemente, uma caracterísca escondida pelo ser forte e resistente. Mora comigo, mas quase nunca nos cruzamos devido a outros nós. Porque é assim que acontece.


Qual a importância? Nenhuma. Pormenores, mais pormenores e muito e nada por dizer, descobrir e desvendar. Ainda há dúvidas que os nós aparecem a qualquer momento, hora, local...?