segunda-feira, 30 de maio de 2011

Janela, onde estás?

Janela s.f. 1 abertura na parede de um edifício ou num veículo, com um caixilho interior que suporta um vidro ou outro material transparente, e que serve para deixar entrar o ar e a luz; 2 INFOR. parte da superfície do ecrã do computador , geralmente de forma rectangular, destinada a mostrar uma aplicação ou um ficheiro; * deitar dinheiro pela janela fora - desperdiçar dinheiro.


Dicionário de Língua Portuguesa




Da 'minha' janela vejo uma luz encoberta



Olho, olho e olho mais uma vez. À minha frente tenho uma janela, que ora abre ora fecha. Uma visão e um mundo que encontro, miro e tento perceber. Afinal, o que vejo da minha janela?


Um dia paro e penso. Ocorre-me momentos de todo o tipo e género carregados de expectativas (in)conscientes. Nasci, cresci, vivi e vivo.


Aqui e agora, vivo com uma visão de um mundo diferente. As expectativas divagam e começam a perder-se. Algumas aguentam e continuam em mim.


Um objectivo tem de existir em 'nós'. Hoje, vejo uma luz encoberta, mas quem sabe amanhã a minha janela mostre outra visão.








quarta-feira, 25 de maio de 2011

25


Dois algarismos e porquê o ‘2’ e o ‘5’? Se somarmos o ‘2’ e o ‘5’ alcançamos o ‘7’, ou seja, os ímpares ficam em vantagem. Mas a lógica não é esta e não fico por aqui. Apresento o número ‘25’ e a sexta-feira, que conjugados ficam ‘quites’ pois ‘25’ é ímpar e ‘6ª’ é par.

A verdade: tudo isto é uma trapalhada cheia de nós! Qual o interesse? Nenhum. No fundo, o que quero dizer é que o ‘25’ acompanha-me a par e passo com a sexta-feira, véspera de fim-de-semana.

Tudo começou a 21 anos e nove meses atrás quando vim ao mundo. Cresci e já eram os tempos em que o 25 de Agosto tinha muito significado em mim. Na lembrança, tenho a inocência de dizer que ficava com mais uns centímetros aquando do meu aniversário.

Agora, o ‘25’ e a sexta-feira continuam acompanhar o percurso que sigo, mas com outro sentido. E foi a dois meses…

O porquê? Há momentos, passagens e devaneios, nos quais a explicação é turva. A noção e nitidez escapam à razão por entre os dedos e tudo pode acontecer. Desde o óbvio até ao impensável.

A única certeza que deixo é a de que ‘tu’ és uma parte do presente que quero viver.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Sinto...




Sinto raiva

Sinto frustração

Sinto repugnância

Sinto desmotivação

Sinto incompreensão



Mas também...



Sinto vida

Sinto alegria

Sinto amizade

Sinto coragem

Sinto motivação



Tudo sentimentos e muitos mais ficam por enumerar. Aparecem e desaparecem entre os nós da vida. O estado de espírito dos indivíduos está, permanentemente, condicionado por eles. Agora, o momento é de alegria e certeza. Amanhã, pode já ser de tristeza e incerteza.

sábado, 21 de maio de 2011

“You are my destiny”

(*)



Palavras, expressões, olhares trocados, momentos, encontros e reencontros. Vivências que chegam, ficam e passam a cada instante da nossa vida. Um ciclo inevitável com passagens, também elas, inevitáveis. Destino?

Existe destino? Se existe ou não, (sinceramente) não sei. Acredite ou não, vivo com o pensamento que, se tiver de acontecer, acontece. Agora ou num futuro ora próximo ora distante.

Já diz a canção “Jai Ho”, tema interpretado pelas Pussycat Dolls, que “You are my destiny”. Seja lá o que for! E o importante é viver um dia de cada vez. Com expectativas, mas não fazendo disso o centro de tudo.


(*) Foto: direitos reservados

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Chuva

Chuva s.f. 1 precipitação de gotas provenientes da condensação do vapor de água existente na atmosfera; 2 (fig.) tudo o que vem ou cai em grande abundância.

Dicionário Língua Portuguesa



Qual é a cor da chuva?





Chuva vem

Vem e vai

Chuva cai

Cai e sentem



Sentem frio

Humidade

Desigualdade

Com ou sem brio




Gota a gota: miro

Ela cai em chão seco

E, ao molhar, faz eco

Eu, da janela, admiro!


terça-feira, 17 de maio de 2011

Memórias de hoje e outros tempos

Letras, desenhos, símbolos, fotografias em papel. Pequenas relíquias guardadas por recordação, saudade e mais. Algumas são folhas vulgais, mas cada uma é personalizada e tem uma marca de diferença. Motivos que levem a que guarde, toque, sinta, leia e reveja cada um dos momentos sem excepção.


Pequenas relíquias que guardo


O Dia Mundial das Telecomunicações, celebrado hoje, 17 de Maio, fez-me recordar o passado e transpô-lo para o presente. Se noutros tempos trocava cartas com familiares e amigos e conhecia outros, agora é diferente. O papel está a ser esquecido. E a culpa de quem é?


Uma resposta imediata podia ser: A culpada é a Internet e as novas tecnologias! Mas não o considero de todo correcto. É verdade que com o novo media tudo é mais fácil e rápido. O poder falar, em tempo real, com um amigo ou familiar que está a quilómetros de distância de nós é das melhores coisas que inventaram.


Entre o contacto via Internet e a escrita por carta, hoje, a escolha é óbvia. E quem faz essa opção? A escolha é proveniente das pessoas e não do meio. Por isso, que considero incorrecto 'culpar' as novas formas de comunicação.


Escolhas à parte. Lembro-me da troca de correspondência, das cartas e postais enviados e recebidos. O cheiro do papel, as letras e mensagens nele expostas. Isto as novas tecnologias não conseguem alcançar.


O que é feito do Fernando Medeiros, de Rabo de Peixe, na ilha S. Miguel dos Açores? Na última carta recebida, ele disse que tinha concluído o 9º ano e que pretendia continuar a trabalhar numa oficina, onde já trabalhava. E agora?


E o Tomás Paiva? Bem, conheceu-me através de uma fotografia e memorizou o meu nome, que disse ser um "nome tão giro, para uma menina tão linda". Num papel, misturou português, francês e inglês em palavras e 'cantadas' e deixou um "with or without you... I can´t live...". Coisas de adolescência. O "até probably as férias grandes", escreveu ele, é que nunca aconteceu. Será que o Tomás continua em França?

domingo, 15 de maio de 2011

O nó vem da corda

Espera!
Um esperto
Sim, era
Um aperto

Sem saber
Entrelaçou
O eu e o querer
Sim, encurralou

Agora?
Força e aperta
Está na hora
Sê esperta

Amiga corda,
Então?
Estás torta?
Onde está o coração?

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A morte é certa

Última conversa
... confissão
... respiração
... palavra
... despedida!

Último passo
... toque
... sorriso
... suspiro
... batimento!

Última morada!
Último nó!


Porquê a tradição negra e obscura? No primeiro momento, as lágrimas compreendem-se. Mas a continuidade do sofrimento e desespero... Porquê?


Podem dizer que são coisas dos dias de hoje: "Modernices!" Mas não. Já ditam os populares que: "A morte é a única coisa que temos como certa."