quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Explicação pertinente

Em Julho, vi-me na sala de espera para visitas do Hospital S. Sebastião de Santa Maria da Feira. Os motivos não interessam e o que lá vai, lá vai mesmo. Lembro e conto esta  passagem para dizer que 'dei de caras' com um daqueles jornais mensais e gratuitos que muitas pessoas ignoram.

O jornal "A3", de Julho de 2012, entrou, naquele dia, na minha cabeça, ficando algumas questões guardadas na minha memória. Aqui, exponho uma explicação pertinente, publicada na edição nº 16 do jornal, que justifica a expressão de que "o português pode ser muito traiçoeiro" e que são muitos os nós a explicar.


"Acordo Ortográfico-Antes da Meia Noita... AAA

   Aqui vai uma explicação muito pertinente para uma questão actual: A jornalista Pilar del Rio costuma explicar, com um ar de catedrática no assunto, que dantes não havia mulheres presidentes e por isso é que não existia a palavra presidenta... Daí que ela diga insistentemente que é Presidenta da Fundação José Saramago e se refira a Assunção Esteves como Presidenta da Assembleia da República. Ainda nesta semana escutei Helena Roseta dizer: «Presidenta!», retorquindo o comentário de um jornalista da SIC Notícias, muito segura da sua afirmação... A propósito desta questão recebi o texto que se segue e que reencaminho: Uma belíssima aula de português.
   Foi elaborada para acabar de uma vez por todas com toda e qualquer dúvida se temos presidente ou presidenta.
   A presidenta foi estudanta?
   Existe a palavra: PRESIDENTA?
   Que tal colocarmos um "BASTA" no assunto?
   No português existem particípios activos como derivados verbais.
   Por exemplo: o particípio activo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante... Qual é o particípio activo do verbo ser?
   O particípio activo do verbo ser é ente, Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade. Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte. Portanto, a pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha. Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".
   Um bom exemplo do erro grosseiro seria: "A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperemos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem direito de violar o pobre português, só para ficar contenta"."

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